terça-feira, 6 de março de 2012

MITOLOGIA GREGA - AS ORELHAS DE MIDAS



Neste post vou contar a história sobre o as orelhas do rei Midas, uma história um pouco engraçada que aconteceu mais uma vez com o "afortunado" rei das partes de ouro.

Bom, é conhecido que após o episodio do "toque de ouro" do rei Midas, ele foi viver na floresta com o deus  Pã, conhecido com a divindade dos bosques. Era um deus de aparência pouco atrativa, possuia os pés de bode, o corpo coberto por pelos, mas tinha o dom inegável para a música.

Um dia criou uma flauta e passava os dias se exercitando tanto que acabou adquirindo uma incrivel pericia com o instrumento. Sentia-se tão empolgado com o fato que resolveu desafiar o deus Apolo. Seu amigo Midas tentou dissuadi-lo da ideia mas Pã estava obstinado e não aceitaria voltar atrás e persistente seguiu seu objetivo.


Então ele enviou uma mensagem a Apolo, atrás vez de um mensageiro, e o deus concordou com a disputa. Chegou ao local da disputa e perguntou em um certo tom de deboche, quem se atreve a me desafiar, teria sido o meu filho Orfeu? Quando ouviu a resposta de que era o deus Pã, e que este queria vence-lo com a sua flauta, e demonstrava confiança em seu objetivo. 


Todos os deuses do Olimpo compareceram para assistir o desafio, que acabou acontecendo no bosque onde o próprio Pã morava. E então teve inicio a disputa. 

Pã foi o primeiro, e entoou uma melodia triste, a sair suavemente de sua flauta. Dizia que sua melodia era triste de tal maneira que ele havia feito as arvores "chorarem" fazendo escorrer destas as gotas de orvalhos acumuladas. Todos os presente escutavam com atenção, e estavam impressionados com o que houviam, alguns chegaram a acreditar que Apolo não conseguiria superar a flauta de Pã, e quando ele terminou todos o aplaudiram. 

Era então a vez de Apolo com sua lira. Apolo pega sua lira de ouro e começa a dedilhar pelas cordas finas emitindo o mais belo som, considerado pelos ouvintes como celestial. E para surpresa de todos ele começou a cantar acompanhando as melodias com sua voz, o que Pã não pudera fazer porque sua voz era completamente desafinada. Por isso dizia-se que a sua flauta era mágica, pois conseguia transformar sua voz anasalada num som limpo e perfeitamente modulado. 

A medida que a canção ia chegando ao final, crescia o consenso geral de que Apolo seria o vencedor, e assim ele terminava sua melodia celestial e mais uma vez todos explodiram em aplausos. 

— Então, vamos ao julgamento — disse o deus da montanha. 

Todos votaram, um a um, e a opinião de todos era a mesma, que Pã havia sido maravilhoso, havia entoado sua melodia com incrível perfeição, mas todos concordaram que Apolo era insuperável! Então chegou a vez de Midas votar, e este por sua vez resolveu votar em seu amigo afim de consola-lo. E então disse: — Apolo realmente é imbatível com sua voz e lira, mas infelizmente para ele, hoje sua lira havia desafinado minimamente, e qualquer ouvido mais apurado deve ter percebido. Sendo assim concedo meu voto a Pã. A revolta de Apolo ao final do voto de Midas era incrivelmente visível, pois ele esperava vencer de forma unanime, Midas, percebendo a clara irritação de Apolo, tentou concertar, mas já era tarde demais, o deus já estava vaidosamente ferido. 

Todos já deixavam o local afim de retornar a seus afares, porém, Apolo entretanto, decidiu aguardar Midas e faze-lo no minimo pensar sobre o que havia feito e dito. Quando o encontrou, logo assumiu um ar vingativo e disse — Ja que suas orelhas são tão apuradas, lhes darei um formato mais de acordo com elas — disse o deus, lançando sobre Midas uma praga. Logo Midas sentiu que suas orelhas começavam a crescer, tomando um formato semelhante as orelhas de burro e cobertas por pelos. Apolo teria dito ainda, "Eis o que se ganha por ajudar os amigos", vendo que Midas se tornará algo bem parecido com seu amigo Pã. 

Midas, desconsolado tentou esconder com a ajuda de um barrete suas orelhas de burro. Até que um dia a seu pedido o cabeleireiro veio e a proteção teve que ser removida, o homem mal podia se conter, e Midas o advertiu para que nada dissesse. O homem assustado em silencio executou a tarefa e foi embora. No caminho não se aguentando, cavou um buraco no chão, e disse o que tanto queria, — Midas tem orelha de burro. Tapou o buraco e foi embora. Com o tempo apareceu um feixe de bambuzal e tão logo o primeiro vento soprou mais forte, as palavras ditas pelo cabeleireiro voaram ecoaram pelo ar, e quem prestasse atenção poderia ouvir claramente a mensagem: Midas tem orelha de burro!. 

BIBLIOGRAFIA: 
*.Imagens retiradas aleatoriamente do google imagens

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